sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Parte II - Questões sobre Prosa do Romantismo


16) Quando José de Alencar publicou IRACEMA, recebeu uma série de críticas de que se defende, notadamente, em posfácio à segunda edição.
Pinheiro Chagas foi um crítico romântico que atacou José de Alencar e os escritores brasileiros da época, como se lê no fragmento que se segue:

"o defeito que eu vejo em todos os livros brasileiros e contra o qual não cessarei de bradar intrepidamente é a falta de correção na linguagem portuguesa, ou antes a mania de tornar o brasileiro uma língua diferente do velho português por meio de neologismos arrojados e injustificáveis e de insubordinações gramaticais..."
            (CHAGAS, Pinheiro. APUD "José de Alencar". Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, v.III, p.1129.)

Assinale a opção que corresponde à posição de Pinheiro Chagas no fragmento anterior.

a) Desde a primeira ocupação que os povoadores do Brasil, e após eles seus descendentes, estão criando por todo este vasto império um vocabulário novo, à proporção das necessidades de sua vida americana, tão outra da vida européia.
b) A língua portuguesa é original de Portugal. Por isso cabe aos gramáticos portugueses dizerem o que é certo ou errado em relação àquela língua: os brasileiros, assim como os outros povos colonizados, devem obedecer à orientação gramatical de Portugal.
c) Os operários da transformação de nossas línguas são esses representantes de tantas raças, desde a saxônia até a africana, que fazem neste solo exuberante amálgama do sangue, das tradições e das línguas.
d) Sempre direi que seria uma aberração de todas as leis morais que a pujante civilização brasileira, com todos os elementos de força e grandeza, não aperfeiçoasse o instrumento das idéias, a língua.
e) Não fazemos senão repetir que disse e provou um sábio filólogo, N. Webster: "Logo depois que duas raças de homens de estirpe comum separam-se e se colocam em regiões distantes, a linguagem de cada um começa a divergir por vários modos."


17) TEXTO 1

" - és filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta. (...) O menino suportou tudo com coragem de mártir, apenas abriu ligeiramente a boca quando foi levantado pelas orelhas: mal caiu, ergueu-se, embarafustou pela porta fora, e em três pulos estava dentro da loja do padrinho, e atracando-se-lhe às pernas."
            (Manuel A. de Almeida: "Memórias de um Sargento de Milícias").


                                   TEXTO 2

"- Algum tempo hesitei se deveria abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; (...) Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco."
            (Machado de Assis: "Memórias Póstumas de Brás Cubas").

Após a leitura atenta dos textos 1 e 2, assinale a alternativa correta.
a) Apesar de ambos os romances intitularem-se 'memórias', o primeiro não é contado em 1 pessoa e relata a vida do protagonista depois que se torna sargento de milícias; já o texto de Machado traz um " defunto autor".
b) Manuel de Almeida aproxima-se da linguagem coloquial falada no Brasil de seu tempo, enquanto Machado de Assis, não.
c) O texto de Manuel de Almeida, considerado precursor do Realismo em nossas letras, e o de Machado traduzem o cientificismo dominante na época.
d) No texto 1, o autor descreve a forma de tratar as crianças na nobreza no Rio de Janeiro de D. João VI.
e) É característica notória da obra de Machado a ironia, traço que não é apresentado no texto 2.


18) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¢ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia£ rechonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão¤. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes, e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.
            (Manuel Antônio de Almeida, "Memórias de um sargento de milícias")

Glossário:
¢ algibebe: mascate, vendedor ambulante.
£ saloia: aldeã das imediações de Lisboa.
¤ maganão: brincalhão, jovial, divertido.

Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria
a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em oposição ao refinamento dos brasileiros.
b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares, mas de maneira respeitosa a aristocracia e o clero.
c) reduz as relações amorosas a seus aspectos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do Naturalismo.
d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante no Romantismo.
e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial-escravista.


19) No excerto, o narrador incorpora elementos da linguagem usada pela maioria das personagens da obra, como se verifica em:
a) aborrecera-se porém do negócio.
b) de que o vemos empossado.
c) rechonchuda e bonitota.
d) envergonhada do gracejo.
e) amantes tão extremosos.


20) O gênero "romance" surgiu no Brasil durante o Romantismo e moldou-se segundo os gostos e preferências da burguesia em ascensão. Com uma temática diversificada, logo tornou-se o tipo de leitura mais acessível a essa nova classe social.

Dentre as afirmativas seguintes, assinale aquela que NÃO corresponde às tendências do "romance romântico":
a) As obras românticas conhecidas como romance de "folhetins" caracterizaram-se pelo tom "água-com-açúcar", pela presença de elementos pitorescos e pela superficialidade de seus conflitos.
b) O romance romântico identificado como "histórico" retratou os fatos políticos brasileiros da época, e também as correntes materialistas daquela segunda metade do século XIX.
c) As narrativas ambientadas na cidade foram rotuladas como "romances urbanos", sendo ainda conhecidas como obras de "perfis de mulher", por privilegiar as personagens femininas e seus pequenos conflitos psicológicos.
d) O romance "indianista" enfatizou nossa "cor local" ao retratar as lendas, os costumes e a linguagem do índio brasileiro, acentuando ainda mais o cunho nacionalista do Romantismo.
e) A narrativa romântica de caráter "regionalista" tematizou, de forma idealizada, a vida e os costumes do "brasileiro" do interior.


21) Sobre os romances "Iracema", de José de Alencar, e "Dom Casmurro", de Machado de Assis, é correto afirmar:
a) "Dom Casmurro" é um romance de caráter nacionalista, pois aborda, como Iracema, a miscigenação étnica (índios e brancos), geradora do autêntico brasileiro.
b) "Iracema" apresenta alguns parágrafos com ritmo extremamente cadenciado, como por exemplo o de abertura, "Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes de carnaúba", o que levou Machado de Assis a se referir à obra como "poema em prosa".
c) "Dom Casmurro" tem como personagem Capitu, que apresenta comportamento muito semelhante ao de Iracema, daí podermos afirmar que o romantismo alencariano tem grande influência sobre as obras machadianas.
d) Os dois romances escritos no século XIX possuem como característica principal a exaltação da natureza e a idealização da mulher.
e) "Virgem dos lábios de mel" e "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" são, respectivamente, designações de Capitu e Iracema, o que demonstra um traço típico do Realismo na descrição do caráter de ambas as personagens.


22) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas no período a seguir.

O meirinho __________ e a aldeã __________, vindos juntos de Portugal, têm um filho ilegítimo, __________, personagem central do livro __________.

a) Leonardo Pataca - Maria da Hortaliça - Leonardo - "Memórias de um sargento de milícias"
b) Olímpico de Jesus - Macabéa - Olímpico de         Jesus - "A hora da estrela"
c) Vidigal - Maria da Hortaliça - Leonardo Pataca - "Memórias de um sargento de milícias"
d) Rodrigo S. M. - Macabéa - Olímpico de Jesus - "A hora da estrela"
e) Miranda - Bertoleza - João Romão - "O cortiço"


23) Leia as afirmações abaixo sobre os romances "O Guarani" e "lracema", de José de Alencar.

I - Em "O Guarani", tanto a casa de Mariz, representante dos valores lusitanos, quanto os Aimorés, que retratam o lado negativo da terra americana, são destruídos.
II - Em "Iracema", a guardiã do "segredo da jurema" abandona sua tribo para seguir Martim, o homem branco por quem se apaixonara.
III - Em "O Guarani" e "Iracema", as personagens indígenas - Peri e Iracema - morrem em circunstâncias trágicas, na certeza de que serão vingadas.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.


24) Leia, com atenção, o fragmento a seguir para responder à questão.

"Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla, até o africano puro; todas as posições, desde as ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as profissões, desde o banqueiro até o mendigo; (...)
É uma festa filosófica essa festa da Glória! Aprendi mais naquela meia hora de observação do que nos cinco anos que acabava de esperdiçar em Olinda com uma prodigalidade verdadeiramente brasileira.
A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteiras; descobri nessa ocasião, a alguns passos de mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no horizonte as nuvens brancas esgarçadas sobre o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e de suprema elegância.(...) Ressumbrava na sua muda contemplação doce melancolia, e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar repousou calmo e sereno na mimosa aparição."
            (José de Alencar - "Lucíola")

A partir do fragmento, e considerando o romance como um todo, PODE-SE AFIRMAR que:
a) a cena amorosa, em Alencar, é sempre emoldurada pela matéria sócio-cultural brasileira.
b) pode-se observar, nessa cena, a superioridade da província sobre a metrópole.
c) desde o primeiro momento Paulo percebe a condição social de Lúcia.
d) a referência à questão racial comprova o naturalismo dessa obra.
e) o romance urbano, como é o caso de LUCÍOLA, é o único cultivado no romantismo brasileiro.


25) “Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.”

Esse trecho é o início do romance "Iracema", de José de Alencar. Dele, como um todo, é possível afirmar que
a) Iracema e uma lenda criada por Alencar para explicar poeticamente as origens das raças indígenas da América.
b) as personagens Iracema, Martim e Moacir participam da luta fratricida entre os Tabajaras e os Pitiguaras.
c) o romance, elaborado com recursos de linguagem figurada, é considerado o exemplar mais perfeito da prosa poética na ficção romântica brasileira.
d) o nome da personagem-título é anagrama de América e essa relação caracteriza a obra como um romance histórico.
e) a palavra Iracema é o resultado da aglutinação de duas outras da língua guarani e significa "lábios de fel".


26) Os personagens femininos dominam a cena, em alguns dos romances do romântico José de Alencar e do representante máximo do realismo brasileiro, Machado de Assis. Sobre tais personagens nas obras desses autores, assinale a alternativa correta.

a) Os relatos urbanos de Machado de Assis oscilam entre a estrutura de folhetim e a percepção da realidade brasileira. Com os perfis femininos (Lucíola, Diva, Senhora, A viuvinha), José de Alencar alcança grande profundidade psicológica na descrição dos personagens centrais.
b) Os personagens femininos de Machado de Assis, assim como os de José de Alencar, são seres extraordinários, movidos por uma ética heróica, com tendências à aceitação do sofrimento.
c) Tanto em José de Alencar como em Machado de Assis, os personagens femininos alcançam uma dimensão idealizada e espiritualizada.
d) Machado de Assis descreveu personagens femininos contraditórios, complexos e dissimulados, penetrando na consciência de cada um deles. Alencar apresentou-os de forma idealizada, sem complexidades psicológicas, com caráter nobre e capazes de renúncia.
e) Enquanto José de Alencar caracterizava os personagens femininos pela hipocrisia social e pela paixão pelo dinheiro, a dissimulação e a vaidade eram traços marcantes nestes personagens de Machado de Assis.


27) Considere os seguintes fragmentos:

As revoltas mais impetuosas de Aurélia eram justamente contra a riqueza que lhe servia de trono, e sem a qual nunca por certo, apesar de suas prendas, receberia como rainha desdenhosa a vassalagem que lhe rendiam.
Por isso mesmo considerava ela o ouro um vil metal que rebaixava os homens; e no íntimo sentia-se profundamente humilhada pensando que para toda essa gente que a cercava, ela, a sua pessoa, não merecia uma só das bajulações que tributavam a cada um de seus mil contos de réis.
(José de Alencar, "Senhora", Primeira Parte - "O preço", cap. I)

Se não fosse a astronomia, não descobriria eu tão cedo as dez libras de Capitu; mas não é por isso que torno a ela, é para que não cuides que a vaidade de professor é que me fez padecer com a desatenção de Capitu e ter ciúmes do mar. Não, meu amigo. Venho explicar-te que tive tais ciúmes pelo que podia estar na cabeça de minha mulher, não fora ou acima dela.
(Machado de Assis, "Dom Casmurro", cap. CVII - "Ciúmes do mar")

A comparação entre os fragmentos acima, extraídos de romances brasileiros da segunda metade do século XIX, permite concluir que:

a) As preocupações econômicas foram tema central da literatura brasileira, em igual medida, no Romantismo e no Realismo.
b) Machado de Assis narra em primeira pessoa e se dirige diretamente ao leitor; José de Alencar adota o foco narrativo de terceira pessoa, o que favorece a neutralidade em relação aos fatos narrados.
c) Machado de Assis, autor romântico, desvia a ênfase das "dez libras" para os sentimentos de Capitu; José de Alencar, mais realista, privilegia a crítica aos pretendentes interesseiros de sua heroína.
d) O tema dos ciúmes, central em "Dom Casmurro", não aparece em "Senhora", romance em que nem Aurélia, nem Fernando Seixas relacionam-se amorosamente com outras personagens.
e) Nos dois romances, a segunda parte esclarece os mistérios da primeira: em "Senhora", são esclarecidos os motivos por que Aurélia decidiu comprar seu marido; em "Dom Casmurro", são apresentadas as razões da infidelidade de Capitu.


28) O trecho seguinte pertence ao romance "Iracema" (1865), de José de Alencar:

Refresca o vento.
O rulo das vagas precipita. O barco salta sobre as ondas e desaparece no horizonte. Abre-se a imensidade dos mares; e a borrasca enverga, como o condor, as foscas asas sobre o abismo.
Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas, e te poje nalguma enseada amiga. Soprem para ti as brandas auras; e para ti jaspeie a bonança mares de leite!
            ALENCAR, J.M. de. "Iracema". Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 22-23. (Coleção L&PM Pocket)

O barco mencionado no fragmento
a) transporta o corpo de Iracema em ritual fúnebre indígena.
b) conduz Moacir, o primeiro cearense ainda criança, para o exílio.
c) dirige-se, para novas conquistas de territórios, ao sul do país.
d) parte da Europa, levando o colonizador português ao Ceará.


29) Texto 1
"Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; pois a afeição que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor a poupara à alegação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor."
            (ALENCAR, José de. "Senhora". 24 ed. São Paulo: Ática, 1994. p. 97.)


Texto 2
"E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante onde cada hora tinha seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"
            (QUEIRÓS, Eça de. "O primo Basílio". 7ª ed. São Paulo: Ática, 1982. p. 120.)

Sobre os textos acima, considere as afirmativas:
I. São narrativas escritas no século XIX, que conservam uma profunda diferença quanto às correntes estéticas às quais se filiam, apesar de nos trechos acima revelarem semelhanças.
II. O narrador de "O primo Basílio" emprega no trecho citado várias metáforas românticas porque visa a retratar a personagem Luísa como uma pessoa apaixonada e sonhadora.
III. O narrador de "Senhora" está descrevendo no trecho citado uma mulher fria e amarga, que descrê das relações matrimoniais e do poder transformador do amor.
IV. Trata-se de romances destinados ao público feminino do século XIX, por isso ambos apresentam, em seu final, as protagonistas realizadas em suas paixões.

Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
b) Apenas a afirmativa I é correta.
c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
d) Apenas as afirmativas III e IV são corretas.
e) Apenas as afirmativas I e III são corretas.


30) O romance "Lucíola" pertence à chamada fase urbana da produção ficcional de José de Alencar. Neste livro,
a) o autor discute a desigualdade social no meio urbano.
b) o autor mostra a prostituição como um grave problema social urbano.
c) não há uma típica narrativa romântica, pois o autor fala de prostituição, que é um tema naturalista.
d) não existe a presença do amor; há apenas promiscuidade sexual.
e) o autor focaliza o drama da prostituição na esfera do indivíduo, mostrando a diferença entre o ser e o parecer.

LITERATURA - FUVEST etc

Romantismo -Prosa

1) (FUVEST)"O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?"

Eis aí uma reflexão sob a forma de pergunta que o autor, ................, faz a si mesmo - com toda propriedade, e por motivos que podemos interpretar como pessoais -, ao finalizar o romance ...................

Assinale a alternativa que completa os espaços.
a) José Lins do Rego - "Menino de Engenho"
b) José de Alencar - "Iracema"
c) Graciliano Ramos - "São Bernardo"
d) Aluísio Azevedo - "O Mulato"
e) Graciliano Ramos - "Vidas Secas"


2) Sobre o Romantismo no Brasil, é INCORRETO afirmar que:
a) já se verificam traços condoreiros na obra de Fagundes Varela, embora tal tendência apresente seu ponto mais alto na poesia de Castro Alves.
b) "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães, é considerado seu marco inicial.
c) o indianismo se verificou tanto em prosa como em verso.
d) os poetas ultra-românticos como Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo pertencem à segunda geração.
e) José de Alencar, seu maior prosador, dedicou-se exclusivamente a romances indianistas e urbanos.


3) "Ubirajara", de José de Alencar, e "Espumas Flutuantes", de Castro Alves, são obras do Romantismo porque
a) resgatam os comportamentos heróicos da Idade Média.
b) valorizam os temas lendários, regionais e exóticos.
c) exploram as identificações entre a natureza e o ser humano.
d) confirmam as características do individualismo moderno.
e) ilustram as discussões de ordem política de sua época.


4) Analise as seguintes afirmativas:

I - José de Alencar, prosador romântico, escreveu sobre várias temáticas. São famosos seus romances sobre a mulher, dentre os quais podemos citar DIVA, LUCÍOLA e HELENA.
II - Machado de Assis, romancista de grande expressão, também foi poeta. Um de seus poemas é "A Carolina", dedicado a sua esposa falecida.
III - A literatura jesuítica objetivava tanto a catequese quanto a instrução e teve como expoente o poeta Cláudio Manoel da Costa.
IV - No Barroco literário encontram-se dois estilos: "cultismo", que se caracteriza pela linguagem rebuscada, pelo jogo de palavras, e "conceptismo", que é marcado pelo jogo de idéias, pelos conceitos.
V - Ao se estudar a Literatura por períodos, épocas, estilos, é preciso ter em mente que essas divisões são meramente didáticas, porque cada autor tem a sua particularidade, apesar de pertencer a um conjunto maior.

Assinale a alternativa que indica as afirmativas corretas.
a) I, II e IV
b) II, IV e V
c) I, III e V
d) II, III e V
e) III, IV e V

5) No capítulo XV do romance "Iracema", de José de Alencar, Iracema e Martim tornam-se, efetivamente, marido e mulher.
Em relação a esse episódio, é correto afirmar que
a) a união se dá enquanto o velho pajé dorme profundamente na cabana.
b) Martim possui Iracema sob os efeitos do vinho de Tupã.
c) Martim não resiste à paixão por Iracema e decide possuí-la, enquanto Araquém se ausenta da cabana.
d) Iracema se arrepende pela perda de sua virgindade e corre para banhar-se no rio a fim de purificar-se do pecado.

e) os dois amantes são flagrados pelo pajé, que os expulsa imediatamente da taba.


6) I. "... o recebia cordialmente e o tratava como amigo; seu caráter nobre simpatizava com aquela natureza inculta."
lI. "Em..., o índio fizera a mesma impressão que lhe causava sempre a presença de um homem daquela cor; lembrara-se de sua mãe infeliz, da raça de que provinha."
III. "Quanto a ..., via em Peri um cão fiel que tinha um momento prestado um serviço à família, e a quem se pagava com um naco de pão."

Nestes excertos, registram-se as reações de três personagens de "O Guarani" à presença de Peri, quando este começa a freqüentar a casa de D. Antônio de Mariz. Apenas seus nomes foram omitidos. Mantida a ordem da seqüência, essas três personagens são
a) D. Antônio; Cecília; Isabel.
b) Álvaro; Isabel; Cecília.
c) D. Antônio; Isabel; D. Lauriana.
d) D. Diogo; Cecília; D. Lauriana.
e) D. Diogo; Isabel; Cecília.


7) A prosa literária adquiriu consistência com as obras desses dois grandes romancistas: o primeiro, pelo estilo ágil e preciso de seu único romance, que descreve pitorescamente os tipos, os ambientes e os costumes do Rio da primeira metade do século XIX; o segundo, pelo leque de romances que abriu, inspirados tanto na vida citadina do Brasil Imperial quanto nas personagens míticas e tipos regionais de nossa terra.

O texto acima está se referindo, respectivamente, aos escritores
a) José de Alencar e Machado de Assis.
b) Joaquim Manuel de Macedo e Menotti del Picchia.
c) Aluísio Azevedo e Machado de Assis.
d) Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar.
e) Euclides da Cunha e Manuel Antônio de Almeida.


8) O romance é um gênero literário que veio a se desenvolver no século ....., retratando sobretudo .....; era muito comum publicar-se em partes, nos jornais, na forma de ..... .

Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, pela ordem:
a) XVII - a alta aristocracia - conto
b) XVIII - o mundo burguês - folhetim
c) XVIII - o mundo burguês - crônica
d) XIX - o mundo burguês - folhetim
e) XIX - a alta aristocracia – crônica



9) O POETA COME AMENDOIM - TEXTO I

Noites pesadas de cheiros e calores amontoados...
Foi o sol que por todo o sítio imenso do Brasil
Andou marcando de moreno os brasileiros.

Estou pensando nos tempos de antes de eu nascer...

A noite era pra descansar. As gargalhadas brancas dos mulatos... 
Silêncio! O Imperador medita os seus versinhos.
Os Caramurus conspiram à sombra das mangueiras ovais.
Só o murmurejo dos cre'm-deus-padre irmanava os homens de meu país...
Duma feita os canhamboras perceberam que não tinha mais escravos,
Por causa disso muita virgem-do-rosáriõ se perdeu...

Porém o desastre verdadeiro foi embonecar esta República temporã.
A gente inda não sabia se governar...
Progredir, progredimos um tiquinho
Que o progresso também é uma fatalidade...
Será o que Nosso Senhor quiser!...

Estou com desejos de desastres...
Com desejos do Amazonas e dos ventos muriçocas
Se encostando na canjerana dos batentes...
Tenho desejos de violas e solidões sem sentido...
Tenho desejos de gemer e de morrer...

Brasil...
Mastigado na gostosura quente do amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois semitoam sem malícia as rezas bem nascidas...

Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo no meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.
(Mário de Andrade. POESIAS COMPLETAS.  S.P.: Martins, 1996. p. 109-110)


            TEXTO II

            A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou o conjunto das funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
(Rui Barbosa. Texto reproduzido em ROSSIGNOLI, Walter. "Português: teoria e prática". 2. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 19)

O poema de Mário de Andrade apresenta semelhanças notáveis com o romance de Manuel Antônio de Almeida, MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, uma das obras mais originais de nosso romantismo literário. Essas semelhanças correspondem a:
a) abordagem satírica de nosso sistema monárquica / forte conteúdo religioso.
b) desprezo pelo folclore nacional / presença de heróis excepcionais.
c) sentimentalismo exacerbado / ênfase nas descrições da paisagem brasileira.
d) abrasileiramento da expressão literária / visão desmistificadora da realidade do país.
e) crítica ao indianismo romântico / idealização do comportamento amoroso.



10) Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
a) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.
b) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, condenando o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.
c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.
d) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.
e) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.


11) Além do romance de Lucíola, José de Alencar escreveu
a) "Inocência", cuja ação se passa no sertão, onde mora Pereira, que divide as mulheres entre prostitutas e "famílias", estas as filhas e esposas mantidas isoladas em casa, pois, se vissem homem que não o pai ou marido, fatalmente se igualariam às prostitutas devido a sua condição de fêmeas, por definição depravadas.
b) "O seminarista", romance passional que discute a instituição do celibato clerical: o Padre Eugênio, retornando à cidade natal, sente reacender-se uma antiga paixão; apesar de tentar resistir, acaba por cair em tentação, e a quebra do voto de castidade o leva à loucura.
c) "A moreninha", narrativa de intriga simples e temática mundana, em que os sentimentos e motivações jamais adquirem profundidades impróprias para a conversação em sociedade na presença de mocinhas e senhoras respeitáveis.
d) "Ubirajara", um de seus romances voltados para a recriação do passado do Brasil, narrando os feitos heróicos de um índio capaz de permanecer impassível enquanto formigas saúvas lhe devoram a mão, numa das provas a que se submete para fazer jus à mão de sua pretendida.
e) "Memórias de um sargento de milícias", que apresenta o quotidiano da "arraia-miúda" do Rio de Janeiro, composta de personagens permanentemente em luta pela satisfação das necessidades humanas mais elementares e sempre ávidos de gozar os momentos de sorte favorável.


12) Assinale a alternativa que se refere a Manoel Antônio de Almeida.
a) A ESCRAVA ISAURA é uma narrativa antiescravagista que, ao mesmo tempo, retrata aspectos pitorescos do modo de vida rural.
b) Em peças como QUEM CASA, QUER CASA e O JUIZ DE PAZ NA ROÇA, o autor descreve com humor e ironia o convívio de tipos rurais com a sociedade urbana do Rio de Janeiro no século XIX.
c) O romance IRACEMA pertence à vertente histórico-indianista do Romantismo brasileiro, no qual o autor idealiza tanto a figura indígena quanto o período colonial.
d) Com A MORENINHA, o autor inaugura o romance romântico no Brasil, seguindo os padrões literários europeus na criação do enredo e dos personagens e retratando de forma amena a burguesia carioca.
e) O personagem Leonardo, de MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, é o anti-herói desta narrativa de costumes que retrata, com tintas realistas, as classes populares do Rio de Janeiro no início do século XIX.


13) O romance regionalista brasileiro teve importância fundamental em nossa literatura. Desde o Romantismo, deu ao país uma visão de si mesmo, valorizando as diferenças que ainda hoje marcam as regiões do Brasil.
Assinale a alternativa em que aparece o nome de um romancista que não desenvolveu tal tendência.
a) Graciliano Ramos
b) José de Alencar
c) Manuel Antônio de Almeida
d) Visconde de Taunay
e) Érico Veríssimo


14) No romance IRACEMA, José de Alencar
a) desenvolve, na linha mesma do enredo, valores éticos e estéticos próprios da sociedade burguesa européia.
b) busca fundir num mesmo código as imagens de um lirismo romântico e alguns modos de nomeação e construção da língua tupi.
c) defende a superioridade da cultura indígena sobre a européia, tal como o demonstra o desfecho desse romance idealizante.
d) faz confluírem o plano lendário e o plano histórico, o primeiro representado por Martim, e o segundo, por Iracema.
e) dispõe-se a desenvolver a história de uma virgem que, resistindo ao colonizador, representa o poder da natureza indomável.



15) Relacione as colunas.

1. "Memórias de um sargento de milícias"
2. "Inocência"
3. "Escrava Isaura"

(     ) Focaliza uma fuga de Minas para Recife.
(     ) Apresenta detalhismo paisagístico do sertão.
(     ) Sob o enfoque cômico, critica os costumes morais.
(     ) Narra história de amor e morte no sertão.

A seqüência correta é
a) 2 - 1 - 2 - 2.
b) 1 - 1 - 2 - 1.
c) 3 - 2 - 1 - 2.
d) 1 - 3 - 1 - 1.
e) 3 - 1 - 3 - 2.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Se eu morresse amanhã


Manuel Antônio Álvares de Azevedo

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

A flor e a náusea


Carlos Drummond de Andrade

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas em ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. as é realmente um flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos ponto brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Mar Salgado: Contos de Fadas

Mar Salgado: Contos de Fadas: As versões originais dos contos de fadas nos quais se basearam os irmãos Grimm: leia matéria da Revista Bravo de José Geraldo ...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Natureza das Coisas no MASP » Arteando

A natureza das coisa no MASP


Sabe que não entender o sentido de uma obra de arte é a base para também não gostar, não é? É por isso que muita gente não gosta de ir a museus de arte.
Eu mesma, que gosto do assunto, muitas vezes me sinto um pouco entediada quando visito uma exposição. Afinal, reduzir o sentido de uma obra ao que nós, leigos, conseguimos ver costuma ser pouco. Visitas monitoradas são ótimas por isso.
Mas o MASP está fazendo um excelente trabalho nesse sentido! Para o aniversário de 60 anos, eles elaboraram uma série de 4 exposições com leituras temáticas do acervo, trazendo obras grandiosas para a história e o entendimento da arte acompanhadas de textos explicativos. Assim, além de proporcionarem novas e mais profundas leituras artísticas -àqueles que já conhecem um pouco-, os textos explicativos funcionam como monitores, apresentando as obras dentro de um contexto e assim permitindo que o público leigo compartilhe desse entendimento.