Há políticos honestos ? Certamente que sim. Mas quem são, e por quais critérios podemos julgar o trabalho de um parlamentar ? Para ajudar os eleitores, surgiu um site com o nome “Ranking dos Políticos”, que tem como objetivo oferecer informação para, de forma objetiva, ajudar as pessoas a votarem melhor, criando um ranking que usa dados públicos de diversas fontes para dar ou tirar pontos dos políticos brasileiros:
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Ranking para Políticos
Adorei este blog! Para quem quiser ser mais feliz, eu recomendo porque ele só traz boas notícias!
Há políticos honestos ? Certamente que sim. Mas quem são, e por quais critérios podemos julgar o trabalho de um parlamentar ? Para ajudar os eleitores, surgiu um site com o nome “Ranking dos Políticos”, que tem como objetivo oferecer informação para, de forma objetiva, ajudar as pessoas a votarem melhor, criando um ranking que usa dados públicos de diversas fontes para dar ou tirar pontos dos políticos brasileiros:
Há políticos honestos ? Certamente que sim. Mas quem são, e por quais critérios podemos julgar o trabalho de um parlamentar ? Para ajudar os eleitores, surgiu um site com o nome “Ranking dos Políticos”, que tem como objetivo oferecer informação para, de forma objetiva, ajudar as pessoas a votarem melhor, criando um ranking que usa dados públicos de diversas fontes para dar ou tirar pontos dos políticos brasileiros:
Da ardósia ou Carolina
Adiantaria lhe dizer
Que o mais raro perfume
É oferecido nos menores frascos?
Ou que um bruto diamante,
é reduzido ao ser lapidado,
Até despertar seu lume,
Até virar brilhante.
Adiantaria falar que você é constituída
Pela mesma matéria das estrelas?
Que o macro contém o micro?
Ou que até os maiores astros
São formados por elementos
tão pequenos, que estão em todos
os lugares neste momento?
A Ministra e a Prostituta
Olimpia (Pintura Impresionista, último 1/3 del siglo XIX) de Édouard Manet |
Quem acompanha a polêmica que se desenrola na França, pode estar se perguntando: por que, a essa altura, a prostituição ainda move tantas paixões? É uma boa pergunta, com muitas respostas possíveis. Se os argumentos contra o sexo pago são bem conhecidos e enraizados na sociedade ocidental, inclusive na brasileira, o debate francês tem sido uma excelente oportunidade para conhecer os argumentos a favor. Manifestos tanto de “trabalhadoras do sexo” como de intelectuais renomados têm invocado questões profundas do nosso tempo: até onde o Estado pode intervir na vida privada, ainda que supostamente “em nome do bem”, é uma delas.
O estopim da polêmica foi uma declaração da ministra dos Direitos das Mulheres e porta-voz do governo da França, Najat Vallaud-Belkacem. Ela afirmou, em julho: “A questão não é a de saber se queremos abolir a prostituição: a resposta é ‘sim’. Mas temos de nos dar os meios de fazê-lo. Meu desejo, assim como o do Partido Socialista, é o de ver a prostituição desaparecer”. Aqui é preciso notar que ela usa o verbo “abolir”. A escolha é proposital: na opinião da ministra, assim como de parte dos socialistas e de parte do movimento feminista, a prostituição é uma forma de escravidão. Logo, não basta proibir – é preciso “abolir”.
os 35 anos, bonita, mãe de gêmeos, Najat é dona de uma biografia interessante: nascida em um vilarejo rural do Marrocos, numa família de sete filhos, ela emigrou para a França ainda criança, formou-se em Ciências Políticas na badalada Sciences Po e tornou-se uma ativista dos direitos humanos. Assim que fez a declaração, tornou-se alvo de uma ofensiva das prostitutas organizadas, que saíram às ruas para protestar. Entre elas, uma francesa de 25 anos, pós-graduanda em Literatura, chamada Morgane Merteuil. Secretária-geral do Sindicato das Trabalhadoras do Sexo (Strass), prostituta que atende em domicílio em programas combinados pela internet, ela lançou em setembro um manifesto provocativo chamado: “Liberem o feminismo!”.
Logo na abertura do texto, Morgane diz: “No meu emprego de recepcionista de um bar americano, eu rapidamente me dei conta de que, se eu quisesse ganhar mais de 20 euros por noite, eu teria que fazer sexo oral. Ao refletir, não vi nenhum inconveniente, preferindo fazer isso para pagar meus estudos do que tanto outros empregos piores”.
Em seu manifesto, Morgane acusa as feministas de impor “uma imagem mainstream e burguesa da mulher”. Segundo ela, parte do movimento feminista construiu uma propaganda em torno de um ideal de dignidade e de um modelo de emancipação para a qual “todas as mulheres supostamente deveriam ser irresistivelmente atraídas”. Em contraposição, Morgane defende “um feminismo plural”, que acolha as diferenças entre as mulheres e compreenda que nem todas elas compartilham das mesmas aspirações. A Strass, que Morgane Merteuil representa, chegou a pedir a demissão da ministra Najat Vallaud-Belkacem.
Para ler o texto inteiro: Revista Época
A Vida e a Literatura
Pedido de desculpas de uma professora
Em minha experiência, ao ministrar aulas de Literatura, uma questão que costumava surgir entre meus responsáveis alunos, preocupados com o sustento de suas famílias e com a concorrência cada vez maior no mercado de trabalho era a seguinte:
Em que a Literatura vai me auxiliar no momento em que eu passar pelo processo seletivo de vagas em uma empresa?
Dependendo do autor que estudávamos naquele momento, minha resposta variava.
Se Realismo, respondia que aqueles autores denunciavam as mazelas da sociedade a fim de que a crítica levasse a uma reflexão e a uma sociedade mais justa. Se Parnasianismo, apenas o deleite, o prazer do jogo com as palavras. E em todos os casos pessoas mais instruídas, com melhor vocabulário, adquirido através da leitura, têm mais oportunidades; além de suprir as exigências do vestibular e a continuidade dos estudos no nível superior.
A conclusão: ora funcionários mais divertidos, inteligentes, críticos e com nível superior serão melhores e vencerão a concorrência.
Hoje, refletindo melhor, sinto que talvez tenha induzido meus alunos ao erro: surpreendentemente, nem sempre o mais estudado e inteligente consegue as melhores vagas!
Os mais críticos, às vezes, são vistos como chatos e difíceis de manipular, pois não conseguem atender às demandas da sociedade liberal. Muitos colegas entendem que quem tem um vocabulário melhor quer chamar a atenção, fala difícil por insegurança e, como dizem vulgarmente por aí, querem “puxar seus tapetes” dos quais não podem prescindir.
Quem tem melhor vocabulário é interpretado como esquisito e incompreensível, até pelos chefes que se sentem ameaçados pelo suposto brilhantismo de um subalterno o qual não conseguem compreender.
Quanto mais se estuda, mais se aumenta o abismo que separa o indivíduo que obteve milagrosamente uma boa formação, (às vezes por mérito próprio, às vezes graças a escolas de qualidade indiscutível) do que não teve as mesmas oportunidades. Os menos escolarizados se sentem diminuídos, pois não sabem que nem todos os que “falam difícil” querem se exibir, nem todos os que “falam difícil” são arrogantes, nem todos os que “falam difícil” estão minimamente interessados em seus tapetes que já são curtos demais para uma só pessoa.
Só restaram os seguintes argumentos:
O conhecimento da Literatura faz parte do repertório da cultura geral de um indivíduo escolarizado. As Literaturas de língua portuguesa são tema dos vestibulares não apenas pela verificação mecânica de fatos da história da Literatura, mas porque a linguagem literária tem um modo particular de se referir às coisas do mundo.
No vestibular, tenta-se verificar o grau de alfabetização do indivíduo. Qual o nível da capacidade interpretativa do estudante, que deve abranger todos os gêneros textuais da cultura contemporânea, que é cumulativa, e seu sentido conotativo.
Até propagandas, tirinhas humorísticas e ícones da cultura pop fazem referências tão amplas, através da intertextualidade, que seu significado, para ser alcançado minimamente, depende de uma leitura alicerçada no conhecimento não só da Literatura, mas da Arte em geral.
Quem não o possui pode viver sim, pode arranjar bons empregos, mas viverá na superfície do mundo, lerá só sua referencialidade. Será eternamente manipulado pela propaganda dos mais habilidosos no uso da linguagem que a utilizam muitas vezes de má fé, como instrumento de manipulação política.
Hoje tudo é marketing e o jogo das aparências é cada vez mais enganoso e caleidoscópico. Quem não domina a linguagem e seus recursos, inclusive os literários, será um fantoche, um títere que apenas repetirá o que lhe mandarem, copiando e colando maquinalmente o mundo tal como ele é agora, sem nenhuma possibilidade de reflexão e transformação.
O outro argumento é que ler pode ser sim divertido: as descobertas realizadas através da investigação, da pesquisa trazem um prazer inigualável, indispensável a qualquer profissional que queira realizar seu trabalho apaixonadamente.
O caráter lúdico no tratamento da linguagem surge na poesia, por exemplo. O brincar com as palavras, traz para o trabalho interpretativo um prazer desconhecido da maioria das pessoas, tão ciosas em renová-lo constantemente apenas através de seus corpos, mas esquecidas do prazer intelectual que pode nos acompanhar a vida inteira sem se enfraquecer e perder a vitalidade.
As crianças sabem muito bem disso. Os trava-línguas, as parlendas, as cantigas de roda são manifestações da cultura popular das nações que estão morrendo. Brincar é coisa muito séria, ao contrário do que alguns professores pensam, não é perda de tempo. Brincar auxilia as crianças a lidar com a dor do crescimento e, portanto, em sua saúde mental.
Crianças não fazem distinção entre o prazer corporal, o da brincadeira, e até o do estudo: tudo pode ser divertido.
Nossos problemas começam no dia em que alguém nos diz: “isso é o seu dever”; “é sua obrigação”. Uma aluna minha me disse um dia que adorava lavar a louça, pois se imaginava brincando de “fui ao restaurante e não tinha dinheiro para pagar a conta”, mas um dia lhe disseram que aquilo era obrigação das mulheres e todo o prazer desapareceu num passe de mágica.
É obvio que não podemos viver como as crianças, mas encontrar o prazer nos textos passa por recordar como é ser criança, passa pelo prazer da descoberta de uma nova palavra. Lembro-me quando meu irmão descobriu a palavra “óbvio”, ele não cansava de repeti-la, até que se tornou banal para todos lá em casa.
Esse processo, de tornar o novo banal, desgasta as palavras e as transforma em "velhas palavras" que, para alguns, são "as melhores palavras". São palavras companheiras e velhas amigas.
O novo passa a ser ruim pelo medo que sentimos de nos acharem ignorantes. Maior do que o prazer em já conhecer uma palavra, vaidosamente apresentar seu sentido ao aluno admirado com a sabedoria do mestre, é mostrar ao aluno como é muito mais prazeroso pesquisar e achar uma novidade.
Tudo é leitura, tudo é descoberta e interpretação e em cada uma delas pode se encontrar um deleite particular, mas apenas se o domínio dessa habilidade for satisfatório.
Cito aqui duas frases, uma pop e outra mais erudita das quais gosto muito e que refletem o que penso sobre a Literatura e o “prazer do texto”
“A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte...”*
e
“Nem só de pão vive o homem...”*
*Não coloco os autores na esperança de levá-los a descobertas!
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