sábado, 25 de novembro de 2017

UERJ-2014- Linguagens

Prova da UERJ -2014

Fotojornalismo
Vem perto o dia em que soará para os escritores a hora do irreparável desastre e da derradeira desgraça. Nós, os rabiscadores de artigos e notícias, já sentimos que nos falta o solo debaixo dos pés… Um exército rival vem solapando os alicerces em que até agora assentava a nossa supremacia: é o exército dos desenhistas, dos caricaturistas e dos ilustradores. O lápis destronará a pena: ceci tuera cela¹.
O público tem pressa. A vida de hoje, vertiginosa e febril, não admite leituras demoradas, nem reflexões profundas. A onda humana galopa, numa espumarada bravia, sem descanso. Quem não se apressar com ela será arrebatado, esmagado, exterminado. O século não tem tempo a perder. A eletricidade já suprimiu as distâncias: daqui a pouco, quando um europeu espirrar, ouvirá incontinenti²  o “Deus te ajude” de um americano. E ainda a ciência humana há de achar o meio de simplificar e apressar a vida por forma tal que os homens já nascerão com dezoito anos, aptos e armados para todas as batalhas da existência.
Já ninguém mais lê artigos. Todos os jornais abrem espaço às ilustrações copiosas, que entram pelos olhos da gente com uma insistência assombrosa. As legendas são curtas e incisivas: toda
a explicação vem da gravura, que conta conflitos e mortes, casos alegres e casos tristes.
É provável que o jornal-modelo do século 20 seja um imenso animatógrafo³ , por cuja tela vasta passem reproduzidos, instantaneamente, todos os incidentes da vida cotidiana. Direis que as ilustrações, sem palavras que as expliquem, não poderão doutrinar as massas nem fazer uma propaganda eficaz desta ou daquela ideia política. Puro engano. Haverá ilustradores para a sátira, ilustradores para a piedade.
(...) Demais, nada impede que seja anexado ao animatógrafo um gramofone de voz tonitruosa4, encarregado de berrar ao céu e à terra o comentário, grave ou picante, das fotografias.
E convenhamos que, no dia em que nós, cronistas e noticiaristas, houvermos desaparecido da
cena – nem por isso se subverterá a ordem social. As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel.
A pena nem sempre é ajudada pela inteligência; ao passo que a máquina fotográfica funciona sempre sob a égide5 da soberana Verdade, a coberto das inumeráveis ciladas da Mentira, do Equívoco e da Miopia intelectual. Vereis que não hão de ser tão frequentes as controvérsias…
(...)
Não insistamos sobre os benefícios da grande revolução que a fotogravura vem fazer no jornalismo. Frisemos apenas este ponto: o jornal-animatógrafo terá a utilidade de evitar que nossas opiniões fiquem, como atualmente ficam, fixadas e conservadas eternamente, para gáudio6 dos inimigos… Qual de vós, irmãos, não escreve todos os dias quatro ou cinco tolices que desejariam ver apagadas ou extintas? Mas, ai! de todos nós! Não há morte para as nossas tolices! Nas bibliotecas e nos escritórios dos jornais, elas ficam (...) catalogadas.
(...)
No jornalismo do Rio de Janeiro, já se iniciou a revolução, que vai ser a nossa morte e a opulência7 dos que sabem desenhar. Preparemo-nos para morrer, irmãos, sem lamentações ridículas, aceitando resignadamente a fatalidade das coisas, e consolando-nos uns aos outros com a cortesia de que, ao menos, não mais seremos obrigados a escrever barbaridades… Saudemos a nova era da imprensa! A revolução tira-nos o pão da boca, mas deixa-nos aliviada a consciência.
Olavo Bilac Gazeta de Notícias, 3/0 / 1901

1 ceci tuera cela − isto vai matar aquilo
2 incontinenti − sem demora
3 animatógrafo − aparelho que passa imagens sequenciais
4 tonitruosa − com o volume alto
5 égide – proteção
6 gáudio − alegria extremada
7 opulência − riqueza, grandeza

Questão 01 Já em 1901, o escritor Olavo Bilac temia que a imagem substituísse a escrita. No entanto, ele reconhecia aspectos positivos dessa possível substituição. Um desses aspectos é observado no seguinte trecho:
(A) O século não tem tempo a perder. (l. 8-9)
(B) Já ninguém mais lê artigos. (l. 13)
(C) aceitando resignadamente a fatalidade das coisas, (l. 36)
(D) não mais seremos obrigados a escrever barbaridades... (l. 37)

Questão 02 Vem perto o dia em que soará para os escritores a hora do irreparável desastre e da derradeira desgraça. (l.1-2)
A profecia para os escritores, anunciada na primeira frase do texto de forma extremamente negativa, se opõe ao tom e à conclusão do texto. Considerando esse contraste, o texto de Bilac pode ser qualificado basicamente como:
(A) irônico
(B) incoerente
(C) contraditório
(D) ultrapassado

Questão 03 O texto, apesar de escrito no início do século XX, demonstra surpreendente atualidade, conferida sobretudo por uma semelhança entre a vida moderna da época e a experiência contemporânea. Essa semelhança está exemplificada na passagem apresentada em:
(A) O público tem pressa. (l. 6)
(B) As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel. (l. 24)
(C) Não há morte para as nossas tolices! (l. 32-33)
(D) Nas bibliotecas e nos escritórios dos jornais, elas ficam (...) catalogadas. (l. 33)

Questão 04 O cinema se popularizou no Brasil depois de esta crônica ter sido escrita. Nela, porém, o autor já antecipa o advento do novo meio de comunicação. Um trecho que comprova tal afirmativa é:
(A) E ainda a ciência humana há de achar o meio de simplificar e apressar a vida (l. 10-11)
(B) toda a explicação vem da gravura, que conta conflitos e mortes, (l. 14-15)
(C) nada impede que seja anexado ao animatógrafo um gramofone de voz tonitruosa, (l. 21) (D) a máquina fotográfica funciona sempre sob a égide da soberana Verdade, (l. 25-26)

Questão 05 Vereis que não hão de ser tão frequentes as controvérsias… (l. 27) A previsão de Bilac sobre a diminuição das controvérsias ou polêmicas, por causa da vitória da imagem sobre a palavra, baseia-se em uma pressuposição acerca da maneira de representar a realidade. Essa pressuposição está enunciada em:
(A) o desenho critica o real e as palavras expressam consciência
(B) a fotografia reproduz o real e as palavras provocam distorções
(C) a imagem interpreta o real e as palavras precisam de inteligência
(D) a fotogravura subverte o real e as palavras tendem ao conservadorismo

Porque a realidade é inverossímil
Escusando-me1 por repetir truísmo2 tão martelado, mas movido pelo conhecimento de que os truísmos são parte inseparável da boa retórica narrativa, até porque a maior parte das pessoas não sabe ler e é no fundo muito ignorante, rol no qual incluo arbitrariamente você, repito o que tantos já dizem e vivem repetindo, como quem usa chupetas: a realidade é, sim, muitíssimo mais inacreditável do que qualquer ficção, pois esta requer uma certa arrumação falaciosa3 , a que a maioria dá o nome de verossimilhança. Mas ocorre precisamente o oposto. Lê-se ficção para fortalecer a noção estúpida de que há sentido, lógica, causa e efeito lineares e outros adereços que integrariam a vida. Lê-se ficção, ou mesmo livros de historiadores ou jornalistas, por insegurança, porque o absurdo da vida é insuportável para a vastidão dos desvalidos que povoa a Terra.

João Ubaldo Ribeiro Diário do Farol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

1 escusando-me − desculpando-me
2 truísmo − verdade trivial, lugar comum
3 falaciosa − enganosa, ilusória

Questão 06 O título do texto soa contraditório, se a verossimilhança for tomada como uma semelhança com o mundo real, com aquilo que se conhece e se compreende. Essa contradição se desfaz porque, na interpretação do autor, a ficção organiza elementos da vida, enquanto a realidade é considerada como:
(A) linear
(B) absurda
(C) estúpida
(D) falaciosa

Questão 07 Para justificar a repetição de algo já conhecido, o autor se baseia na relação que mantém com os leitores. Com base no texto, é possível perceber que essa relação se caracteriza genericamente pela:
(A) insegurança do autor
(B) imparcialidade do autor
(C) intolerância dos leitores
(D) inferioridade dos leitores

Questão 08 “os truísmos são parte inseparável da boa retórica narrativa, até porque a maior parte das pessoas não sabe ler” (l. 1-3)
O narrador justifica a necessidade de truísmos pela dificuldade de leitura da maior parte das pessoas. Encontra-se implícita no argumento a noção de que o leitor iniciante lê melhor se:
(A) estuda autores clássicos
(B) conhece técnicas literárias
(C) identifica ideias conhecidas
(D) procura textos recomendados


Questão 09 O sentido da charge se constrói a partir da ambiguidade de determinado termo. O termo em questão é:
(A) fora
B) agora
(C) sistema
(D) protestar

Questão 10 A disposição dos manifestantes contrasta com a atitude do homem de terno e gravata. Essa atitude, no que diz respeito ao uso da linguagem, caracteriza-se por:
(A) falsa indignação
(B) pouca formalidade
(C) clara agressividade
(D) muita subjetividade

A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Manoel de Barros Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.

Questão 11
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça. (v. 2-4)
O primeiro verso estabelece mesma relação de sentido com cada um dos dois outros versos. Um conectivo que expressa essa relação é:
(A) porém
(B) porque
(C) embora
(D) portanto

Questão 12 O pai era uma onça. (v. 4) Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define como:
(A) enfático
(B) antitético
(C) metafórico
(D) metonímico

O tempo em que o mundo tinha a nossa idade

Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos improvisos. As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. Nenhuma narração tinha fim, o sono lhe apagava a boca antes do desfecho. Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso. Não lhe deitávamos dentro da casa: ele sempre recusara cama feita. Seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira. Leito dele era o puro chão, lugar onde a chuva também gosta de deitar. Nós simplesmente lhe encostávamos na parede da casa. Ali ficava até de manhã. Lhe encontrávamos coberto de formigas. Parece que os insectos gostavam do suor docicado do velho Taímo. Ele nem sentia o corrupio do formigueiro em sua pele.
− Chiças: transpiro mais que palmeira!
Proferia tontices enquanto ia acordando. Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. Taímo nos sacudia a nós, incomodado por lhe dedicarmos cuidados.
Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. Como dormia fora, nem dávamos conta. Minha mãe, manhã seguinte, é que nos convocava:
− Venham: papá teve um sonho!
E nos juntávamos, todos completos, para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas. Taímo recebia notícia do futuro por via dos antepassados. Dizia tantas previsões que nem havia tempo de provar nenhuma. Eu me perguntava sobre a verdade daquelas visões do velho, estorinhador como ele era.
− Nem duvidem, avisava mamã, suspeitando-nos.
E assim seguia nossa criancice, tempos afora. Nesses anos ainda tudo tinha sentido: a razão deste mundo estava num outro mundo inexplicável. Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. (...)
Mia Couto
Terra sonâmbula. São Paulo, Cia das Letras, 2007.


Questão 13
Este texto é uma narrativa ficcional que se refere à própria ficção, o que caracteriza uma espécie de metalinguagem.
A metalinguagem está melhor explicitada no seguinte trecho:
(A) As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. (l. 1-2)
(B) Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. (l. 12)
(C) E nos juntávamos, todos completos, para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas. (l. 15)
(D) Nesses anos ainda tudo tinha sentido: (l. 20)

Questão 14
A escrita literária de Mia Couto explora diversas camadas da linguagem: vocabulário, construções sintáticas, sonoridade.
O exemplo em que ocorre claramente exploração da sonoridade das palavras é:
(A) Nesse entretempo, ele nos chamava para escutarmos seus imprevistos improvisos. (l. 1)
(B) Não lhe deitávamos dentro da casa: ele sempre recusara cama feita. (l. 4)
(C) Ele nem sentia o corrupio do formigueiro em sua pele. (l. 8)
(D) Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. (l. 10)

Questão 15
Um elemento importante na organização do texto é o uso de algumas personificações.
Uma dessas personificações encontra-se em:
(A) Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso. (l. 3)
(B) Seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira. (l. 4-5)
(C) Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. (l. 10)
(D) Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. (l. 21-22)

Questão 16
Ao dizer que o pai sofria de sonhos (l. 12) e não que ele sonhava, o autor altera o significado corrente do ato de sonhar.
Este novo significado sugere que o sonho tem o poder de:
(A) distrair
(B) acalmar
(C) informar
(D) perturbar

Gabarito


terça-feira, 31 de outubro de 2017

ITA - Prova de Português

IMPORTANTE

 
A prova de Português contém seis questões de Literatura Brasileira, que contempla: ficção e poesia. Neste ano, é apresentada uma novidade: uma lista de obras literárias de leitura recomendável. São elas:

  • Senhora, de José de Alencar,
  • Quincas Borba, de Machado de Assis, e
  • São Bernardo, de Graciliano Ramos.

Serão apresentadas três questões, uma para cada uma dessas obras de ficção. As outras três questões serão de interpretação de poemas de autores brasileiros, que serão reproduzidos na prova.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Os Lusíadas de Camões

1.(FUVEST) Leia os versos transcritos de Os lusíadas, de Camões, para responder ao teste.
Tu, só tu, puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.

Assinale a afirmação incorreta em relação aos versos transcritos:

a) A apóstrofe inicial da estrofe introduz um discurso dissertativo a respeito da natureza do sentimento amoroso.
b) O amor é compreendido como uma força brutal contra a qual o ser humano não pode oferecer resistências.
c) A causa da morte de Inês é atribuída ao amor desmedido que subjugou completamente a jovem.
d) A expressão "se dizem" indica ser senso comum a idéia que brutalidade faz parte do sentimento amoroso.

e) Os versos associam a causa da morte de Inês não só à força cruel do amor, mas também aos perigosos riscos que a jovem inimiga representava para o rei.

2.(POLI) Camões em alemão

"Nas pequenas obras líricas de Camões encontramos graça e sentimento profundo, ingenuidade, ternura, melancolia cativante, todos os graus de sentimentos mais debilitados, indo do prazer mais suave até o desejo mais ardente, saudade e tristeza, ironia, tudo na pureza e claridade da expressão simples, cuja beleza não podia ser mais acabada, e cuja flor não podia ser mais florescente. Seu grande poema, "Os Lusíadas", é um poema heróico no pleno sentido da palavra. Camões tira do poeta Virgílio a idéia de um poema épico nacional que compreenda e apresente, sob a luz mais fulgurante, a fama, o orgulho e a glória de uma nação desde suas mais antigas tradições."

(Esse trecho foi extraído do curso de Friedrich Schlegel (1772-1829), conceituado filósofo romântico alemão, sobre história da literatura européia, e publicado no Caderno Mais da Folha de São Paulo, em 21 de maio de 2000.)

Tendo em vista o texto acima, seria incorreto afirmar que:

a) em Os Lusíadas, Camões resgata alguns episódios tradicionais portugueses, como o de Inês de Castro.
b) em Os Lusíadas, Camões invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, a fim de que lhe dêem inspiração na construção deste seu poema heróico.
c) em Os Lusíadas, Camões canta a fama e a glória do povo português.
d) em Os Lusíadas, Camões narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, sendo este navegador o grande herói português aclamado no poema.
e) em Os Lusíadas, Camões dedica o poema a Dom Sebastião, e encerra tal obra um tanto quanto melancólico diante da estagnação cultural portuguesa.

3. (UNISA) A obra épica de Camões, Os Lusíadas, é composta de cinco partes, na seguinte ordem:

a) Narração, Invocação, Proposição, Epílogo e Dedicatória.
b) Invocação, Narração, Proposição, Dedicatória e Epílogo.
c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo.
d) Proposição, Dedicatória, Invocação, Epílogo e Narração.
e) N.d.a.

4. (PUC-PR) Sobre o narrador ou narradores de os Lusíadas, é lícito afirmar que:

a) existe um narrador épico no poema: o próprio Camões;
b) existem dois narradores no poema: O eu-épico, Camões fala através dele, e o outro, Vasco da Gama, que é quem dá conta de toda a História de Portugal.
c) o narrador de Os Lusíadas é Luiz Vaz de Camões;
d) O narrador de os Lusíadas é o Velho do Restelo;
e) O narrador de Os Lusíadas é o próprio povo português.

5.(UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, relacionadas aos Cantos I a V da epopeia Os Lusíadas, de Camões:

( ) A presença do elemento mitológico é uma forma de reconhecimento da cultura clássica, objeto de admiração e imitação no Renascimento.
( )A disputa entre os deuses Vênus e Baco, da mitologia clássica, é um recurso literário de que Camões faz uso para criar o enredo de Os Lusíadas.
( ) Do Canto I ao Canto V  leem-se as peripécias da viagem dos portugueses até a sua chegada à Índia, quando eles tomam posse daquela terra.
( ) No Canto II, lê-se a narração da viagem dos portugueses a Melinde, cujo rei pede a Camões que conte a história de Portugal:

a)V— V— V— F
b) V — F — F — V
c) F — V — F — V
d)F — F — V— F
e) V — V — F — F

6. (PUC-SP) Dos episódios Inês de Castro e O Velho do Restelo, da obra Os Lusíadas, de Luiz de Camões, NÃO é possível afirmar que:

a) O Velho do Restelo, numa antevisão profética, previu os desastres futuros que se abateriam sobre a Pátria e que arrastariam a nação portuguesa a um destino de enfraquecimento e marasmo.
b) Inês de Castro caracteriza, dentro da epopéia camoniana, o gênero lírico porque é um episódio que narra os amores impossíveis entre Inês e seu amado Pedro.
c) Restelo era o nome da praia em frente ao templo de Belém, de onde partiam as naus portuguesas nas aventuras marítimas.
d) tanto Inês de Castro quanto O Velho do Restelo são episódios que ilustram poeticamente diferentes circunstâncias da vida portuguesa.

e) o Velho, um dos muitos espectadores na praia, engrandecia com sua fala as façanhas dos navegadores, a nobreza guerreira e a máquina mercantil lusitana.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Fuvest 2016 - Literatura

Examine este anúncio de uma instituição financeira, cujo
nome foi substituído por X, para responder às questões 01 e 02.

Valor Setorial. junho de 2014. Adaptado.
1
Compare os diversos elementos que compõem o anúncio e atenda ao que se pede.
1.      Considerando o contexto do anúncio, existe alguma relação de sentido entre a imagem e o slogan ``É DIFERENTE QUANDO VOCÊ CONHECE"? Explique.
2.      A inclusão, no anúncio, dos ícones e algarismos que precedem o texto escrito tem alguma finalidade comunicativa? Explique.
Resolução
1.      Sim, existe. A relação d sentido encontra-se no
fato de que a pegada do sapato indica que a instituição bancária está presente no campo de soja e assim conhece o negócio do seu cliente. Daí o slogan: "É diferente quando você conhece".

2.      Sim. Tais ícones e algarismos indicam latitude e longitude, referentes à localização exata onde o cliente está estabelecido. Com isso, a instituição financeira demonstra ter ciência das atividades comerciais de seus clientes.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Lista de livros da FUVEST também mantém autor português e acrescenta autor angolano

A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo) acaba de divulgar a nova lista de livros obrigatórios para as seleções de 2017, 2018 e 2019. A Fuvest tem mudado a lista a cada três anos.
Do Uol


Confira a lista para os vestibular 2017:
Iracema – José de Alencar;
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
O cortiço – Aluísio Azevedo;
A cidade e as serras – Eça de Queirós;
Capitães da Areia – Jorge Amado;
Vidas secas – Graciliano Ramos;
Claro enigma – Carlos Drummond de Andrade;
Sagarana – João Guimarães Rosa;
Mayombe – Pepetela





Para o vestibular 2018, sai a obra “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, e entra “Minha vida de menina”, de Helena Morley. Veja a lista:
Iracema – José de Alencar;
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
O cortiço – Aluísio Azevedo;
A cidade e as serras – Eça de Queirós;
Minha vida de menina – Helena Morley;
Vidas secas – Graciliano Ramos;
Claro enigma – Carlos Drummond de Andrade;
Sagarana – João Guimarães Rosa;
Mayombe – Pepetela


Já no processo seletivo de 2019, a Fuvest mudou a obra de Eça de Queirós: sai “A cidade e as serras” e entra “A relíquia”. Os demais livros são mantidos. Confira a lista completa:



Iracema – José de Alencar;
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
O cortiço – Aluísio Azevedo;
A relíquia – Eça de Queirós;
Minha vida de menina – Helena Morley;
Vidas secas – Graciliano Ramos;
Claro enigma – Carlos Drummond de Andrade;
Sagarana – João Guimarães Rosa;
Mayombe – Pepetela


Autor angolano


Praticamente todos os títulos da lista são de consagrados autores da literatura brasileira ou portuguesa — ou seja, fazem parte do conteúdo esperado para o ensino médio. A surpresa deste ano é a inclusão de uma obra do angolano Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos), que foi guerrilheiro do MPLA, político e governante.


Seu livro Mayombe é “uma narrativa que mergulha fundo na organização dos combatentes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), trazendo à tona as suas dúvidas, contradições, medos e convicções”, segundo sua descrição no site da Leya, que o edita no Brasil.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Lista de livros para vestibular da UNICAMP não exclui autores portugueses



A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) divulgou nesta terça-feira (2) a nova lista de livros para o vestibular 2017 da Universidade Estadual de Campinas (SP). No total, 12 obras foram selecionadas, incluindo romances, poesia, peças teatrais e contos de autores da literatura brasileira, africana e portuguesa.


No entanto, as novas obras não serão válidas para o vestibular 2016, que será realizado este ano. As duas listas podem ser acessadas na íntegra no site da Comvest.


Listagem própria


Desde o vestibular 2015, a universidade deixou de unificar a lista de livros com a Fuvest e passou a adotar uma listagem própria. A intenção é renovar parcialmente as obras e dar espaço aos professores para o planejamento renovado a cada ano.


Em relação à lista do vestibular 2016, três novas obras serão inseridas, dois romances e uma poesia.


Lista de livros do Vestibular 2017


Poesia

"Sonetos", por Luís de Camões


"Poemas Negros", de Jorge de Lima (novo)


Contos


"Amor", do livro Laços de Família de Clarice Lispector


"A hora e a vez de Augusto Matraga", do livro Sagarana de Guimarães Rosa


"Negrinha", do livro Negrinha de Monteiro Lobato


Teatro


"Lisbela e o Prisioneiro", de Osmar Lins



Romance


"O Cortiço", por Aluísio de Azevedo


"Coração, cabeça e estômago", de Camilo Castelo Branco (novo)


"Caminhos Cruzados", por Érico Veríssimo (novo)


"Til", por José de Alencar


"Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis


"Terra Sonâmbula", por Mia Couto

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Revelação de segredos da “guerra contra o terror” provam que alguns militares americanos são psicopatas

Apesar do título, que mais parece uma propaganda do exército  norte-americano (já que na realidade a guerra é contra inocentes civis e não contra o “terror”) o livro HUNTER KILLER – Como os drones revolucionaram a guerra contra o terror escrito por Kevin Maurer e T. Mark McCurley, revela segredos monstruosos relacionados aos ataques por drones.
Oficiais mal preparados brincam com a vida de seres humanos como se estivessem jogando videogame.
Para continuar lendo: Hunter Killer

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

1ª Fase do Modernismo

LISTA DE EXERCÍCIOS – 1º tempo: MODERNISMO

1) (F.C.Chagas-SP) Considerando os acontecimentos da Semana de Arte Moderna e a atitude de seus principais integrantes, é correto dizer que o primeiro momento do Modernismo brasileiro visava:
a)atualizar nossa produção literária, fazendo com que reproduzisse a estética e a temática euramericanas, em vigência desde o início do século.
b)instaurar uma literatura politicamente empenhada e combativa, inspirada no Neo-Realismo e no Neo-Naturalismo.
c)propor um conjunto de normas e de regras literárias, pautadas nos ensinamentos clássicos, que orientassem nossa produção literária.
d)reavivar nossa produção literária, que desde fins do século XIX, com a decadência do Simbolismo, escasseava.
e)combater remanescentes literários retrógrados, representados sobretudo pelo  Parnasianismo, a fim de renovar o curso da literatura que se fazia entre nós.

2) (F.C. Chagas-SP) “O primitivismo, que na França aparecia como exotismo, era para nós, no Brasil, primitivismo mesmo. Pensei, então, em fazer uma poesia de exportação e não de importação, baseada em nossa ambiência geográfica, histórica e social. Como o pau-brasil foi a primeira riqueza brasileira exportada, denominei o movimento do Pau Brasil.”
As idéias do excerto acima associam-se:
a)    ao culto arcádico da natureza.
b)    Ao combate às mazelas sociais denunciadas pelo Naturalismo.
c)    Ao espírito de denuncia próprio de neo-realismo.
d)    Ao nacionalismo da primeira geração modernista.
e)    Às preocupações sociais vigentes no final do movimento romântico.

3) (FCMSC-SP)
3 de maio
“Aprendi com meu filho de dez anos
que a poesia é a descoberta
Das coisas que eu nunca vi.”
(Oswald de Andrade)

As cinco alternativas apresentam afirmações extraídas do Manifesto da Poesia Pau-brasil; assinale  a que está relacionada com o poema “3 de maio”.
a)    “Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano.”
b)    “... contra a morbidez romântica – pelo equilíbrio geômetro e pelo acabamento técnico.”
c)    “ nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com os olhos livros.”
d)    “A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas...”
e)    “Temos a base dupla e presente – a floresta e a escola.”

4) O escritor modernista Oswald de Andrade, no Manifesto Antropófago (1928), afirma a propósito das relações entre a cultura brasileira e a de nossos colonizadores: Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de UMA CIVILIZAÇÃO QUE ESTAMOS COMENDO porque somos fortes [...]
O texto cria uma aproximação com a carta de Pero Vaz de Caminha, inspirado principalmente na linguagem, como se verifica nos dois primeiros versos.
A característica da obra de Oswald de Andrade comprovada através dessa aproximação é
a) a ruptura com os padrões da língua literária culta.
b) o resgate crítico do passado brasileiro através da paródia.
c) a introdução das correntes de vanguarda nos textos modernistas.
d) a visão ingênua de um Brasil moderno-primitivo.
e) o deboche irônico do mundo dos acadêmicos e dos burgueses.

5) (Fatec) Algumas das características do Modernismo, que também aparecem na poesia de Manuel Bandeira, são:
a) o uso de preciosismos na linguagem e revalorização de temas do passado.
b) a valorização literária da linguagem coloquial e dos fatos do cotidiano.
c) o uso de "barbarismos universais" e do "lirismo bem comportado".
d) o espírito polêmico e o lirismo intimista.
e) a valorização da consciência crítica e a idealização do cotidiano.

6) (Fei) Assinalar a alternativa incorreta, quanto aos princípios básicos divulgados pelos participantes da Semana da Arte Moderna:
a) Desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção e a realidade do país;
b) Rejeição dos padrões portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próxima do falar brasileiro;
c) Combate a tudo que indicasse o "statu quo", o conhecido;
d) Manutenção da temática simbolista e parnasiana;
e) Valorização do prosaico e do humor, que, em todas as suas gamas, lavou e purificou a atmosfera sobrecarregada pelos acadêmicos.

7) (Uel) O nome de Oswald de Andrade está sobretudo associado
a) a um novo tratamento ficcional do regionalismo nordestino.
b) a poemas líricos que ainda carregam influência simbolista.
c) ao jornalismo político, demolidor, de denúncia social.
d) a um nacionalismo que resgata em sua pureza o indianismo romântico.
e) a uma revolução bem-humorada da linguagem da poesia e do romance.

8) (Uel) "Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do Antropófago."
O fragmento acima é um dos muitos que compõe um importante manifesto modernista, no qual
a) Oswald de Andrade proclama a supremacia criativa do nosso primitivismo sobre a cultura européia.
b) Monteiro Lobato reage violentamente contra uma exposição de quadros de Anita Malfatti.
c) Mário de Andrade busca definir aspectos técnicos da nova estética.
d) Cassiano Ricardo assinala sua adesão ao nacionalismo de características ufanistas.
e) Manuel Bandeira abandona o estilo neo-simbolista e proclama seu lirismo coloquial.

9) (Unirio) Em relação ao Modernismo, podemos afirmar que em sua primeira fase há:
a) maior aproximação entre a língua falada e a escrita, valorizando-se literariamente o nível coloquial.
b) pouca atenção ao valor estético da linguagem, privilegiando o desenvolvimento da pesquisa formal.
c) grande liberdade de criação, mas expressão pobre.
d) reconquista do verso livre.
e) ausência de inspiração nacionalista.

10) (Unesp) "Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente."

"Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz."

"Tupi, or not tupi that is the question."

            (Fragmento do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade)

Analisando as idéias contidas nesses fragmentos, assinale a única alternativa que julgar INCORRETA.
a) O Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade articula-se ao movimento antropófago do Modernismo brasileiro, cuja expressão máxima se deu em "Macunaíma" de Mário de Andrade.
b) Em "Tupi, or not tupi that is the question", está implícita a crítica ao espírito de nacionalidade, falseado pelo estrangeirismo exacerbado entre nós, até os adventos do Modernismo.
c) Ainda nos fragmentos acima citados, deve-se entender não a aversão à cultura estrangeira, mas a dialética de conjunção das raízes nacionais à cultura européia.
d) A leitura dos três fragmentos acaba por desvendar a crítica à cultura brasileira que não estaria muito distante do primitivismo antropofágico.
e) O Manifesto Antropófago propõe a mobilidade cultural advinda da mobilidade do pensamento e dos valores do homem em sociedade.

11) (Ufpe) Leia o texto e indique: (V) Verdadeiro ou (F) Falso
"O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me devolvia a São Paulo.
O comboio brecou lento para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos óculos menineiros de um grupo negro. Sentaram-me num automóvel de pêsames."
                        (Oswald de Andrade)
(     ) Seu autor é modernista da última fase, não tendo participado da Semana de Arte Moderna.
(     ) O nacionalismo de Oswald de Andrade foi uma volta ao ufanismo parnasiano, sem perspectiva crítica.
(     ) Principal divulgador da orientação nacionalista primitivista, participou do movimento Pau Brasil e do movimento Antropofágico.
(     ) Oswald de Andrade escreveu os textos mais corrosivos da estética modernista, destruindo os padrões tradicionais de narrativa.
(     ) Como se pode observar no texto, Oswald de Andrade destacou-se pela inovação no uso dos termos com derivações e formações estrangeiras, além de metáforas inusitadas. Sua narrativa estabelece uma mistura entre o descritivo e o narrativo.

12) (Mackenzie) E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior orgia intelectual que a história artística do país registra.
                        (Mário de Andrade)
Assinale a alternativa na qual aparece um fato cultural que não se encaixa no período mencionado acima.
a) A exposição de trabalhos de Anita Malfatti, criticada por Monteiro Lobato.
b) O Manifesto Pau-Brasil.
c) As duas "dentições" da REVISTA DE ANTROPOFAGIA.
d) O Verde-Amarelismo.
e) A revista KLAXON.

13) (Fatec) Atente para os trechos seguintes.
I - ... no Brasil, foi uma ruptura, foi um abandono de princípios e de técnicas conseqüentes, foi uma revolta contra o que era a Inteligência nacional.
II - A poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. (...) O trabalho contra o detalhe naturalista - pela síntese; contra a morbidez romântica - pelo equilíbrio geômetra e pelo acabamento técnico; contra a cópia, pela surpresa.
III - Tanto o índio quanto o próprio Brasil passam a ser vistos como partes de um "paraíso americano", distante da decadência da civilização européia. (...) Na tentativa de definir a etnia brasileira, os escritores (...) constataram que o índio era o verdadeiro representante da raça brasileira, mais que o branco (identificado com o colonizador português).
IV - Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade, sonho, na nossa Arte.  E que o rufo de um automóvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último deus homérico, que ficou, anacronicamente, a dormir e a sonhar, na era do "jazz-band" e do cinema, com a frauta dos pastores da Arcádia e os seis divinos de Helena!

Desses trechos, traduzem o ideário modernista apenas
a) o II e o III.         
b) o I e o IV.
c) o I, o II e o III.    
d) o I, o II e o IV.
e) o II, o III e o IV.

14) (Ufrs) Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Oswald de Andrade, autor do "Manifesto Antropófago", de 1928, compôs também o "Manifesto da Poesia Pau-Brasil", que discute concepções sobre a linguagem poética, a modernização e a cor local.
b) Mário de Andrade dedicou-se à renovação da ficção e da poesia, escrevendo também manifestos, prefácios e livros sobre o Brasil, a respeito dos mais variados assuntos.
c) As propostas do Modernismo, receptivas às diferentes linguagens artísticas, pretenderam discutir os padrões estéticos e culturais brasileiros.
d) O Modernismo, embora aberto à linguagem coloquial, não se opôs aos padrões poéticos e narrativos já consagrados desde o Romantismo.
e) Os poetas das diferentes tendências do Modernismo contribuíram para a inovação formal e temática da poesia brasileira, que posteriormente se aproximou da canção popular.

15) (Uel) Considere as seguintes afirmações sobre a produção literária de Mário de Andrade:
I. Na década de 20, o marco de sua ficção está nessa "rapsódia" em que busca demonstrar não o "caráter do homem brasileiro", mas o aspecto pluralista de nossa cultura, representada pelo mais estranho dos "heróis".
II. Sua poesia chegou a servir, de certo modo, como exemplificação de seus ideais estéticos: veja-se a íntima relação entre o "Prefácio interessantíssimo" e os poemas de PAULICÉIA DESVAIRADA.
III. É enorme o interesse pela cultura popular, e não apenas pelas manifestações artísticas desta: é na linguagem das ruas que vai buscar as bases de uma verdadeira "gramática brasileira".

Está correto o que vem afirmado em
a) I, apenas.
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

16) (Ufpa) Oswald de Andrade, para sistematizar os princípios da corrente Pau-Brasil, do nosso Modernismo:
a) aproveitou-se exclusivamente das idéias dadaístas.
b) aproveitou-se de aspectos para os quais Pero Vaz de Caminha chama a atenção em sua Carta sobre o descobrimento do Brasil.
c) aproveitou-se das sugestões temáticas que se depreendem das sátiras de Gregório de Matos Guerra.
d) valeu-se de princípios da tradição poética parnasiana.
e) aproveitou a sugestão romântica de libertar a imaginação e a fantasia.

17) (Puc-SP)
“O fazendeiro criara filhos
Escravos escravas
Nos terreiros de pitangas e jabuticabas
Mas um dia trocou
O ouro da carne preta e musculosa
As gabirobas e os coqueiros
Os monjolos e os bois
Por terras imaginárias
Onde nasceria a lavoura verde do café.”

Este poema de Oswald de Andrade exemplifica o movimento nativista... O poeta, através de uma poesia reduzida ao ..., buscou uma interpretação de seu país.
a) Antropófago – visual
b) Verde-amarelo – simbólico
c) Terra Roxa e Outras Terras – discursivo
d) Anta – concreto

e) Pau-Brasil – essencial