Chinês premiado com Nobel se recusa a pedir libertação de dissidente
Reuters
O escritor chinês Mo Yan, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2012, não quis nesta quinta-feira fazer um apelo direto pela libertação de seu compatriota Liu Xiaobo, Prêmio Nobel da Paz em 2010, e disse que não apoiaria uma petição pela liberdade dele.
Um grupo de 134 laureados com o Nobel, incluindo o Dalai Lama, escreveu para o próximo líder do Partido Comunista Chinês e também presidente eleito da China, Xi Jinping, pedindo que ele libertasse Liu e a mulher dele.
O caso de Liu chamou a atenção para a situação dos direitos humanos na China, embora o governo chinês diga que Liu é um criminoso e qualifique esse tipo de crítica como interferência indevida em seus assuntos internos.
Mo, cujo nome adotado literariamente, Mo Yan, significa "não falo", se recusou a manifestar apoio a Liu.
"Já dei minha opinião sobre esse assunto. Eu disse que este prêmio é de literatura. Não é de política", declarou o escritor em entrevista à imprensa em Estocolmo, dias antes da cerimônia de entrega.
Em outubro, depois do anúncio da premiação, Mo disse esperar que Liu obtivesse sua libertação o mais rápido possível.
"Tenho certeza que vocês sabem o que eu disse naquele dia (em outubro). Por que vocês querem repetir isso?", indagou.
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